Um morcego em duas rodas
Da década de 50 ao atual Bat-Pod, as motos marcaram a trajetória do Homem-Morcego
Desde sempre o veículo mais ligado ao Batman é o indefectível Batmóvel, que já teve várias versões nos quadrinhos, cinema e televisão. Porém pouco se lembram (ou mesmo tem conhecimento) do uso de motos pelo Homem-Morcego em situações que requerem mais agilidade e rapidez de deslocamento. De certa forma relegada a um segundo plano devido ao ‘culto’ em torno do Batmóvel, tanto por fãs quanto por roteiristas, as motos ocupam papel secundário, porém não menos importante, na história do Cavaleiro das Trevas.
NOS QUADRINHOS
Em julho de 1956 surge a primeira aparição de uma moto bat-temática. Nas páginas de Detective Comics 233 foi apresentada a Bat-Mulher. A trapezista e acrobata motociclística Kathy Kane recebe uma herança considerável e, inspirada por seu maior ídolo (Batman) torna-se a contraparte feminina do Homem-Morcego. As similaridades entre os personagens residiam no fato de que ela também tinha uma mansão e uma bat-caverna ‘cover’. Porém, ao invés de um Batmóvel próprio, Kathy resolveu ter uma Bat-moto, escolha válida devido a suas habilidades no guidão.
Posteriormente, os outros membros da ‘Família Morcego’ (Robin I e seus sucessores, Asa Noturna, etc.) adotaram a motocicleta como forma de deslocamento rápido e eficiente. Na atual cronologia, Batman usa um modelo que remete às atuais superesportivas, com motor V4 de 786 cilindradas e refrigeração líquida, carburador controlado por computador e bolha frontal a prova de balas.
SÉRIE DE TV
A série de TV dos anos 60 ajudou a popularizar a figura do Batman nos dois anos que ficou no ar (1966-1968). A estrela da série em termos de veículo era – como sempre – o Batmóvel, criação máxima do customizador George Barris tendo como base um carro-conceito da Ford chamado Lincoln Futura. Mas havia espaço – ainda que pouco – para outros veículos, como o Batcóptero, a Bat-Lancha e a Bat-moto. A primeira a estrelar nas telas foi uma Harley-Davidson 1959 dotada de um pára-brisa com bordas imitando o padrão da capa de Batman e um sidecar com o símbolo do morcego na lateral. Simples, sem truques e sem graça, essa moto esteve presente em só um episódio da primeira temporada.
Para 1966 a coisa mudou radicalmente de figura. A Kustomotive produziu uma nova Bat-moto usando como base uma Yamaha Catalina 250. Mais radical e futurista que o modelo anterior, essa Bat-moto tinha um sidecar que era uma unidade móvel a parte, podendo ser destacada da moto quando necessário. Na última temporada da série, a Batgirl (Yvonne Craig) foi trazida para alavancar a audiência. Mais uma Yamaha, desta vez a YDS-5E, foi usada para dar rodas à identidade secreta de Bárbara Gordon, bibliotecária e filha do comissário Gordon (Neil Hamilton).
DESENHOS ANIMADOS
Tirando as aparições na série dos Superamigos, a Dupla Dinâmica teve duas séries conhecidas de desenhos, ambas feitas pelo estúdio Filmation: uma em 1968, com as vozes de Adam West e Burt Ward como Batman e Robin, e outra em 1977, que tem o discutível mérito de trazer no elenco o Bat-Mirim (e ainda tem gente que se queixa dos Super-Gêmeos). Uma praxe nas duas séries era o uso da moto ser restrito apenas a Batgirl (embora Robin tenha sido mostrado em um ou dois episódios da série de 77 andando de moto). O modelo usado se assemelhava (bem de longe) a uma moto esportiva carenada e era o mesmo nas duas séries.
Em 1992 estreou Batman: The Animated Series, que significou uma mudança radical na história animada do Morcego. Tendo como inspiração o filme de 1989 e com enredos mais sérios, a série durou até 1995. A bat-moto mostrada nas fotos faz parte da linha de brinquedos da série, com um desenho mais retilíneo e uma parte frontal que lembra os streamliners dos anos 30, cujas rodas eram cobertas para maior aerodinâmica.
CINEMA
O longa-metragem de 1966 marcou a estréia da Bat-Moto feita a partir da Yamaha Catalina. Feita para o filme, ela fez tanto sucesso que acabou indo para a série de TV. A Bat-moto não teve espaço nos três primeiros filmes da retomada cinematográfica do Morcego iniciada no fim dos anos 80 (Batman, Batman – O Retorno e Batman Eternamente). Só em Batman & Robin é que fomos agraciados não com uma, mas duas motocicletas: a Redbird, pilotada por Robin, e a Batblade, que leva a Batgirl (Alicia Silverstone) pelas ruas congeladas de Gotham.
Finalmente chegamos a Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) e seu Bat-Pod. O estranho veículo é uma unidade formada a partir das rodas dianteiras (aro 20’) do Batmóvel, daí seu aspecto diferenciado. A condução do Bat-Pod é feita pelos movimentos dos ombros ao invés das mãos e os braços do condutor são protegidos por escudos específicos. Para o filme, o Bat-Pod conta também com alguns ‘opcionais’, como cabos, canhões e metralhadoras. Não se sabe se ele retornará no terceiro filme dirigido por Chris Nolan e estrelado por Chris Bale.
Fonte: Leonardo Brito (motoline.com.br)
Desde sempre o veículo mais ligado ao Batman é o indefectível Batmóvel, que já teve várias versões nos quadrinhos, cinema e televisão. Porém pouco se lembram (ou mesmo tem conhecimento) do uso de motos pelo Homem-Morcego em situações que requerem mais agilidade e rapidez de deslocamento. De certa forma relegada a um segundo plano devido ao ‘culto’ em torno do Batmóvel, tanto por fãs quanto por roteiristas, as motos ocupam papel secundário, porém não menos importante, na história do Cavaleiro das Trevas.
NOS QUADRINHOS
Em julho de 1956 surge a primeira aparição de uma moto bat-temática. Nas páginas de Detective Comics 233 foi apresentada a Bat-Mulher. A trapezista e acrobata motociclística Kathy Kane recebe uma herança considerável e, inspirada por seu maior ídolo (Batman) torna-se a contraparte feminina do Homem-Morcego. As similaridades entre os personagens residiam no fato de que ela também tinha uma mansão e uma bat-caverna ‘cover’. Porém, ao invés de um Batmóvel próprio, Kathy resolveu ter uma Bat-moto, escolha válida devido a suas habilidades no guidão.
Posteriormente, os outros membros da ‘Família Morcego’ (Robin I e seus sucessores, Asa Noturna, etc.) adotaram a motocicleta como forma de deslocamento rápido e eficiente. Na atual cronologia, Batman usa um modelo que remete às atuais superesportivas, com motor V4 de 786 cilindradas e refrigeração líquida, carburador controlado por computador e bolha frontal a prova de balas.
SÉRIE DE TV
A série de TV dos anos 60 ajudou a popularizar a figura do Batman nos dois anos que ficou no ar (1966-1968). A estrela da série em termos de veículo era – como sempre – o Batmóvel, criação máxima do customizador George Barris tendo como base um carro-conceito da Ford chamado Lincoln Futura. Mas havia espaço – ainda que pouco – para outros veículos, como o Batcóptero, a Bat-Lancha e a Bat-moto. A primeira a estrelar nas telas foi uma Harley-Davidson 1959 dotada de um pára-brisa com bordas imitando o padrão da capa de Batman e um sidecar com o símbolo do morcego na lateral. Simples, sem truques e sem graça, essa moto esteve presente em só um episódio da primeira temporada.
Para 1966 a coisa mudou radicalmente de figura. A Kustomotive produziu uma nova Bat-moto usando como base uma Yamaha Catalina 250. Mais radical e futurista que o modelo anterior, essa Bat-moto tinha um sidecar que era uma unidade móvel a parte, podendo ser destacada da moto quando necessário. Na última temporada da série, a Batgirl (Yvonne Craig) foi trazida para alavancar a audiência. Mais uma Yamaha, desta vez a YDS-5E, foi usada para dar rodas à identidade secreta de Bárbara Gordon, bibliotecária e filha do comissário Gordon (Neil Hamilton).
DESENHOS ANIMADOS
Tirando as aparições na série dos Superamigos, a Dupla Dinâmica teve duas séries conhecidas de desenhos, ambas feitas pelo estúdio Filmation: uma em 1968, com as vozes de Adam West e Burt Ward como Batman e Robin, e outra em 1977, que tem o discutível mérito de trazer no elenco o Bat-Mirim (e ainda tem gente que se queixa dos Super-Gêmeos). Uma praxe nas duas séries era o uso da moto ser restrito apenas a Batgirl (embora Robin tenha sido mostrado em um ou dois episódios da série de 77 andando de moto). O modelo usado se assemelhava (bem de longe) a uma moto esportiva carenada e era o mesmo nas duas séries.
Em 1992 estreou Batman: The Animated Series, que significou uma mudança radical na história animada do Morcego. Tendo como inspiração o filme de 1989 e com enredos mais sérios, a série durou até 1995. A bat-moto mostrada nas fotos faz parte da linha de brinquedos da série, com um desenho mais retilíneo e uma parte frontal que lembra os streamliners dos anos 30, cujas rodas eram cobertas para maior aerodinâmica.
CINEMA
O longa-metragem de 1966 marcou a estréia da Bat-Moto feita a partir da Yamaha Catalina. Feita para o filme, ela fez tanto sucesso que acabou indo para a série de TV. A Bat-moto não teve espaço nos três primeiros filmes da retomada cinematográfica do Morcego iniciada no fim dos anos 80 (Batman, Batman – O Retorno e Batman Eternamente). Só em Batman & Robin é que fomos agraciados não com uma, mas duas motocicletas: a Redbird, pilotada por Robin, e a Batblade, que leva a Batgirl (Alicia Silverstone) pelas ruas congeladas de Gotham.
Finalmente chegamos a Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) e seu Bat-Pod. O estranho veículo é uma unidade formada a partir das rodas dianteiras (aro 20’) do Batmóvel, daí seu aspecto diferenciado. A condução do Bat-Pod é feita pelos movimentos dos ombros ao invés das mãos e os braços do condutor são protegidos por escudos específicos. Para o filme, o Bat-Pod conta também com alguns ‘opcionais’, como cabos, canhões e metralhadoras. Não se sabe se ele retornará no terceiro filme dirigido por Chris Nolan e estrelado por Chris Bale.
Fonte: Leonardo Brito (motoline.com.br)
Comentários