O POVO – Você escreveu o Dicionário do Morcego. Como foi esse processo? Como ele começou? SÍLVIO RIBAS – O Dicionário do Morcego era um projeto antigo, dos tempos de Faculdade de Jornalismo, na PUC Minas. Em plena época do cinqüentenário de Batman (1989), houve uma explosão de interesse e informação sobre o meu herói preferido, e não apenas devido ao sucesso avassalador da superprodução nos cinemas, dirigida por Tim Burton. O personagem ganhou nos anos anteriores várias histórias importantes e a Batmania colocou sua trajetória sob profunda análise. Propus, via correspondência (não havia Internet naqueles dias), a outros fãs espalhados pelo Brasil que indexássemos todos os dados que colhíamos freneticamente na imprensa numa enciclopédia coletiva, a qual eu seria o organizador. A morosidade na troca de cartas e as urgências do começo da vida adulta colocaram meu sonho na gaveta. Somente em 2005, com a volta do Morcegão à telona e o decisivo apoio de um amigo meu, o jornalista e escritor ...