Entrevista para alunos da Uni-BH
Batman enfrenta verão superpovoado de super-heróis(Especialista fala de suas expectativas para o Cavaleiro das Trevas) (Julho de 2008)
Os fãs do herói de Gotham City aguardam com ansiedade a estréia de Batman - o Cavaleiro das Trevas em 18 julho. É o caso de Silvio Ribas, jornalista e autor do mais completo guia sobre o personagem: o Dicionário do Morcego, lançado em 2005, pela editora Flama, com mais de 1.500 verbetes sobre o tema. Nesta entrevista exclusiva ao UNION, Silvio fala do novo filme dirigido por Christopher Nolan (foto) e dos super-heróis no cinema.
UNION – O que você espera do Batman – O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan?
SÍLVIO RIBAS – Após anos de convalescência que se seguiram ao fracassado filme Batman & Robin (1997), dirigido por Joel Schumacher, a retomada da principal franquia de super-heróis da Warner com Batman Begins (2005) representou um verdadeiro recomeço. Uma nova trilogia foi encaminhada em outras e melhores bases. A dupla dinâmica Chris-Chris – formada pelo diretor Christopher Nolan e pelo ator protagonista Christian Bale – deu ao personagem doses fortes de realismo, tanto no visual quanto na trama. Os fãs, como eu, aprovaram a abordagem, apesar de alguns inevitáveis furos de roteiro. Valeu esperar tanto tempo. O novo teste, também muito aguardado pelos batmaníacos, chega aos cinemas de todo o mundo no dia 18 de julho.
UNION – O que este filme promete de diferente?
SR - Enquanto o primeiro filme da atual fase recontou as origens do Homem-Morcego, o deste ano promete ser a sua afirmação como defensor de Gotham City, com direito a novas armas e desafios. O elenco também continua primoroso, com a volta de nomes de peso como Morgan Freeman (como Lucius Fox) e Michael Caine (Alfred Pennyworth).
UNION – A morte do ator Heath Ledger, pouco após as filmagens, vai atrair muita atenção para o personagem do Coringa?
SR - Uma enorme expectativa do público agora está na performance da versão ainda mais sádica e "realista" do Coringa. Essa expectativa ganhou um reforço trágico graças à recente morte do ator que interpreta o vilão, Heath Ledger. Será a última aparição dele na telona.
UNION - O que você acha da superpopulação de super-heróis no cinema? Acredita em alguma tendência?
SR – A adaptação de super-heróis dos quadrinhos para o cinema não é uma novidade. Na verdade, ela já vem ocorrendo desde os anos 40 e sempre com grande popularidade. Ocorre que desde a estréia de Superman (1978) os "defeitos" especiais e os enredos capengas começaram a dar lugar a superproduções muito bem acabadas, com emprego das melhores tecnologias da sétima arte e campanhas de marketing atreladas antes e depois das exibições. Os resultados foram lucros crescentes e salas lotadas de espectadores de todas as idades. Batman (1989), dirigido por Tim Burton, foi um marco, atingindo a maior bilheteria de estréia da história do cinema até então. Recentemente foi o primeiro Spiderman (Homem-Aranha) da atual série na telona a desbancar a marca. Então é uma questão de mercado, da indústria cinematográfica. Houve nesse meio tempo investidas muito positivas, como a trilogia do X-Men, e outras tentativas medíocres, como o penúltimo Hulk. De toda forma, as adaptações dos últimos 30 anos nunca deixaram de lado a fantasia suscitada pela mitologia dos super-heróis, mas também sempre seguiram tendência dos quadrinhos a partir da década de 1980, de flexibilizar o maniqueísmo (bem versus mal) e de agregar ao máximo elementos cotidianos. Outro fator que ajudou a safra de personagens uniformizados foi o acirramento da competição entre as editoras Marvel e DC também no cinema. A Marvel chegou atrasada na onda de blockbusters, mas compensou com quantidade e qualidade.
UNION – Você viu Homem de ferro? O que achou do filme?
SR – Mais uma vez, a Marvel procurou levar muita diversão ao público com a adaptação de um famoso personagem, preservando as linhas centrais das histórias em quadrinhos. O herói Homem de Ferro, o rico empresário da indústria armamentista e cientista Tony Stark, é bem complexo e humano como de resto são as crias do mestre Stan Lee. As armaduras high-tech de Stark convencem, mesmo quando são substituídas em cenas de ação pelas imagens construídas e movimentadas digitalmente. Como decenauta (fã do universo de personagens da editora DC Comics), prefiro não dar muito mais opiniões a respeito das produções com a marca Marvel. Aposto que The Dark Knight (Batman – O Cavaleiro das Trevas) vai desbancar o Homem de Ferro em público e crítica.
Fonte: www.union.jor.br/reportagens/reportagem08_silvioribas.htm
Os fãs do herói de Gotham City aguardam com ansiedade a estréia de Batman - o Cavaleiro das Trevas em 18 julho. É o caso de Silvio Ribas, jornalista e autor do mais completo guia sobre o personagem: o Dicionário do Morcego, lançado em 2005, pela editora Flama, com mais de 1.500 verbetes sobre o tema. Nesta entrevista exclusiva ao UNION, Silvio fala do novo filme dirigido por Christopher Nolan (foto) e dos super-heróis no cinema.
UNION – O que você espera do Batman – O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan?
SÍLVIO RIBAS – Após anos de convalescência que se seguiram ao fracassado filme Batman & Robin (1997), dirigido por Joel Schumacher, a retomada da principal franquia de super-heróis da Warner com Batman Begins (2005) representou um verdadeiro recomeço. Uma nova trilogia foi encaminhada em outras e melhores bases. A dupla dinâmica Chris-Chris – formada pelo diretor Christopher Nolan e pelo ator protagonista Christian Bale – deu ao personagem doses fortes de realismo, tanto no visual quanto na trama. Os fãs, como eu, aprovaram a abordagem, apesar de alguns inevitáveis furos de roteiro. Valeu esperar tanto tempo. O novo teste, também muito aguardado pelos batmaníacos, chega aos cinemas de todo o mundo no dia 18 de julho.
UNION – O que este filme promete de diferente?
SR - Enquanto o primeiro filme da atual fase recontou as origens do Homem-Morcego, o deste ano promete ser a sua afirmação como defensor de Gotham City, com direito a novas armas e desafios. O elenco também continua primoroso, com a volta de nomes de peso como Morgan Freeman (como Lucius Fox) e Michael Caine (Alfred Pennyworth).
UNION – A morte do ator Heath Ledger, pouco após as filmagens, vai atrair muita atenção para o personagem do Coringa?
SR - Uma enorme expectativa do público agora está na performance da versão ainda mais sádica e "realista" do Coringa. Essa expectativa ganhou um reforço trágico graças à recente morte do ator que interpreta o vilão, Heath Ledger. Será a última aparição dele na telona.
UNION - O que você acha da superpopulação de super-heróis no cinema? Acredita em alguma tendência?
SR – A adaptação de super-heróis dos quadrinhos para o cinema não é uma novidade. Na verdade, ela já vem ocorrendo desde os anos 40 e sempre com grande popularidade. Ocorre que desde a estréia de Superman (1978) os "defeitos" especiais e os enredos capengas começaram a dar lugar a superproduções muito bem acabadas, com emprego das melhores tecnologias da sétima arte e campanhas de marketing atreladas antes e depois das exibições. Os resultados foram lucros crescentes e salas lotadas de espectadores de todas as idades. Batman (1989), dirigido por Tim Burton, foi um marco, atingindo a maior bilheteria de estréia da história do cinema até então. Recentemente foi o primeiro Spiderman (Homem-Aranha) da atual série na telona a desbancar a marca. Então é uma questão de mercado, da indústria cinematográfica. Houve nesse meio tempo investidas muito positivas, como a trilogia do X-Men, e outras tentativas medíocres, como o penúltimo Hulk. De toda forma, as adaptações dos últimos 30 anos nunca deixaram de lado a fantasia suscitada pela mitologia dos super-heróis, mas também sempre seguiram tendência dos quadrinhos a partir da década de 1980, de flexibilizar o maniqueísmo (bem versus mal) e de agregar ao máximo elementos cotidianos. Outro fator que ajudou a safra de personagens uniformizados foi o acirramento da competição entre as editoras Marvel e DC também no cinema. A Marvel chegou atrasada na onda de blockbusters, mas compensou com quantidade e qualidade.
UNION – Você viu Homem de ferro? O que achou do filme?
SR – Mais uma vez, a Marvel procurou levar muita diversão ao público com a adaptação de um famoso personagem, preservando as linhas centrais das histórias em quadrinhos. O herói Homem de Ferro, o rico empresário da indústria armamentista e cientista Tony Stark, é bem complexo e humano como de resto são as crias do mestre Stan Lee. As armaduras high-tech de Stark convencem, mesmo quando são substituídas em cenas de ação pelas imagens construídas e movimentadas digitalmente. Como decenauta (fã do universo de personagens da editora DC Comics), prefiro não dar muito mais opiniões a respeito das produções com a marca Marvel. Aposto que The Dark Knight (Batman – O Cavaleiro das Trevas) vai desbancar o Homem de Ferro em público e crítica.
Fonte: www.union.jor.br/reportagens/reportagem08_silvioribas.htm
Comentários