Curiosidades que ficaram de fora do Dicionário do Morcego (2005)

VERBETES DE MEUS ARQUIVOS DE 2006

BAT-HOMBRE Um Homem-Morcego de bigode latino surge em Ride, Bat-Hombre, Ride! Publicada na revista Batman 193, de dezembro de 1949, da DC Comics (National Periodical). A história desenhada por Dick Sprang e Charles Paris, com roteiro de David V Reed, traz o inusitado defensor mascarado enfrentando El Papagayo, um vilão que aterrorizava seu país, Mantegua, montado a cavalo. Bat-Hombre é o herói local do pequeno país do Caribe. Com o pedido especial do presidente mantegüense José Camaran, Batman e Robin partem para a América Latina, reforçando o time do detetive hispânico. Eles recrutam um jovem chamado Luis Peralda, na verdade um cúmplice do Papayo. Mais tarde, Bat-Hombre voltaria em The Riddle of the Seven Birds, combatendo o Pingüim e sendo apresentado como grande detetive para substituir Batman.

BÁTIMA FONSECA DA ROCHA Quando tinha sete anos, ele suspeitou que era o Batman em pessoa. A certeza veio quando seu pai, Balbino, lhe deu de presente uma capa do super-herói. Bátima Fonseca da Rocha, que mora em Brazlândia, cidade-satélite de Brasília, nasceu em 1983, em Unaí (MG). Ele foi registrado pelo pai, que teve a idéia de dar ao filho o nome aportuguesado do personagem, inspirado na famosa série de TV. Bátima gosta do próprio nome e aprendeu a usufruir dele. Quando quebrou o pulso esquerdo e tinha menos de um mês de carteira registrada no emprego, disseram-lhe que seria muito difícil conseguir licença médica pelo INSS. Tentou assim mesmo. Quando os funcionários do instituto souberam que o requerente se chamava Bátima, foi um fuzuê na repartição, coisa que ele já está acostumado. Bátima concluiu o segundo grau e ganha a vida como operário de trabalhos pesados. Quebra e conserta calçadas e meios-fios numa empresa que presta serviço à Novacap. Tempos atrás, deixou um bloco de concreto cair sobre o dedo indicador direito. De volta ao pronto-socorro, o médico disse: “Achavas que era o Hulk?”. E o paciente: “Não, sou o Bátima”. É inesgotável a coleção de histórias do homem-morcego de Brazlândia. Seu apreço pelo próprio nome é tão grande quanto sua paciência para com as reações inevitáveis e diárias. Bátima é cantor sertanejo e, nessa condição, usa o nome artístico de Artur. O super-herói do planalto tem música-tema: “Tam-nan-nan-nan-nan-nan-nan-nan-nan... Batman”.

BATMAN ANCESTRAL? A história oficial diz: Batman apareceu pela primeira vez em maio de 1939 no número 27 da revista Detective Comics, com uma historia chamada The case of the Chemical Syndicate, desenhada por seu criador Bob Kane e escrita pelo talentoso Bill Finger. Mas 60 anos depois surgiu alguém reclamando pelos direitos do personagem. O fato incrível começa no final dos anos 1920, quando um estudante da Designer’s Art School of Boston chamado Frank Foster (909-1995), que estava muito interessado em pintura clássica, esboça personagens de quadrinhos a pedido de seu amigo e colega Al Capp (que logo se tornaria famoso como criador da tira Lil Abner). Os heróis dos gibis daquela época faziam seus gestos heróicos durante o dia e ele decide criar um que fosse criatura da noite. Com seus desenhos debaixo do braço vai a Nova York e oferece suas criações a várias editoras, mas sem sucesso. Como tinha esposa e filho, seus esforços se voltaram para sustentá-los, mudando-se assim para Washington, onde trabalharia na The Mellon Art Gallery, logo como desenhista arquitetônico. Foster morreu há mais de dez anos, mas seu filho, Frank Jr., reclama, mesmo após a morte do pai, que seja feita justiça e reconheça nele a autoria de Batman. Para isso, exibe na Internet os velhos esboços do pai, onde surge uma misteriosa figura com roupa colante e capuz estilizado, com máscara e orelhas de morcego. Sob o queixo quadrado desse herói está a data do desenho (1932) e o nome Batman. Asa Noturna (Nightwing) é outra palavra que se encontra nesses papéis. O filho de Foster diz lembrar do pai contando que levou os desenhos a pessoas de Nova York e que suas idéias foram aproveitadas, sem nunca pagarem nada por elas. Foster descarta a possibilidade de coincidência. O estranho é ele ter trazido a questão a público apenas depois da morte de Bob Kane. Foster e Kane levaram a resposta desse mistério para a tumba.

BATMAN ENCONTRA THE BEATLES Na revista Batman 222, publicada em junho 1970 pela DC Comics, surge uma banda de rock britânica chamada Oliver Twists, uma óbvia referência ao nome The Beatles. Seus quatro integrantes também tinham nomes e aparência física semelhantes aos do famoso grupo. A trama gira em torno da suposta morte de um dos membros da banda num acidente de avião nos Himalaias. Os quatro músicos visitam Gotham City (chegam num Submarino Amarelo) e se hospedam na Mansão Wayne. Batman e Robin saem em busca da verdade sobre a lenda da morte de Saul Cartwright (leia-se Paul McCartney, como aconteceu com ele na vida real), alimentada por estações de rádios e mensagens ocultas nas faixas dos discos, como na sétima canção do álbum Summer Knights e nas capas dee Dead Till Proven Alive, colocada na capa da revista, semelhante ao verso do álbum Sargent Peppers. A revelação é surpreendente. Saul nunca morreu no acidente, mas sim os outros três: Glennan (Lennon), Hal (Harisson) and Benji (Ringo). Cartwright havia substituído os outros membros dos Twists por sósias. Quando ele confessa, Chumley, o falso Glennan (Lennon) ameaça os demais com uma arma. Ele fora usado para riqueza e fama e não quer desistir. Mas ele logo desiste e a verdade aparece. Junto com Pritchard e Gilbey, os falsos Benji (Ringo) e Hal (Harrisson), Cartwright forma o novo trio Phoenix (Fênix). A investigação da dupla dinâmica começa com o álbum mais recentemente lançado. Eles percebem as pistas implantadas nas letras das canções dos Twists. Nas gravações é insinuada a morte de Saul, fazendo com que ninguém reparasse nas sutis diferenças no visual dos outros membros da banda. A história em quadrinho parte de uma lenda que ocorreu com os próprios Beatles e fomentada pela imprensa com a pergunta: “Paul está Morto?”. A pista principal seria a capa do disco Abbey Road, que aparece McCartney descalço, além de outros supostos “avisos” na foto. Curiosamente, Sir Paul McCartney comprou recentemente a mansão que serviu de set para as filmagens da famosa série de TV dos anos 1960 Batman.

BATMANUEL Herói do seriado televisivo The Tick (novembro de 2001 a janeiro de 2002), da Fox. Batmanuel é a versão latin lover de Batman, interpretada pelo ator Nestor Carbonell. O nome original do personagem nos quadrinhos era Die Fledermaus – morcego em alemão e nome da ópera O Morcego, de Johan Strauss. Adaptação da história em quadrinhos satírica de 1994 (posteriormente desenho animado) criada por Ben Edlund, The Tick é um justiceiro azul, superforte e indestrutível. Ele chega a The City para defender a cidade dos supercriminosos. Seu traço característico é falar apenas como herói dos anos 1960, abusando de frases-feitas edificantes e metáforas estapafúrdias de grande apelo dramático. Ele encontra Arthur, um contador que é demitido por ir ao trabalho vestido de homem-traça e juntos iniciam uma cruzada contra o mal. A dupla conta com a ajuda, além de Batmanuel, de Lady Liberty, uma mistura de Mulher-Maravilha com Capitão América. A série foi cancelada no nono episódio.

BATTMAN O lutador de Luta Livre Tony Marino embarcou na Batmania dos anos 60 para fazer fama nos ringues, pegando carona em Adam West. Campeão mundial como o mascarado Battman (com dois T), ele foi advertido pela DC Comics, dona dos direitos do personagem para deixar de usar a imagem. Tony Sillipini, seu nome verdadeiro, foi Mister America e, também, chamado de Diabo Azul e Dino Lanza. Nasceu em 20 de abril de 1959, em Rochester, New York, e mora na Florida. Estreiou na luta em 1959 e tinha como seu parceiro o lutador Bruno, que se vestia de Robin.

BECO DO BATMAN Viela toda grafitada, entre as ruas Harmonia e Aspicuelta, na Vila Madalena, zona oeste da capital paulista. As paredes foram decoradas por garotos do Projeto 100 Muros e reúne painéis de diferentes artistas. Com mosaicos e diversos painéis, trabalhos de diferentes artistas, o Beco do Batman virou ponto turístico do bairro. O projeto Beco Escola, lançado em 1999, faz parte do núcleo Escola da Rua, pertencente à organização. O grupo, formado por artistas e estudantes da técnica de grafite, se encontra semanalmente para trocar experiências e debater intervenções em espaços espaço urbanos. O projeto realiza também diversas oficinas e workshops em diferentes pontos da cidade, além de ações específicas em parcerias com outras entidades, ou intervenções livres, como na avenida Sumaré ou no Beco do Batman, na Vila Madalena, onde se cruzam.

FILHO DE BATMAN A DC Comics publicou em Batman 657, que chegou às lojas de HQ nos EUA no fim de setembro de 2006, o terceiro capítulo da história Batman & Filho. Ela abre com o Homem-Morcego apresentando seu recém-descoberto herdeiro à Bat-Caverna e a Robin. Damien é filho de Talia al Guhl e apareceu pela primeira vez na graphic novel Filho do Demônio (de Mike W. Barr e Jerry Bingham, 1987). A história tinha sido apagada da continuidade do Morcegão por decisão editorial da DC. Grant Morrison, atual escritor de Batman, teve de explicar por onde o bat-filho andava até agora. A dúvida é saber se ele será confirmado como filho legítimo e se continuará fazendo parte do elenco.

MATEJA KEZMAN Jogador da Seleção de Sérvia e Montegro, Mateja Kezman é chamado de Batman pela torcida do time holandês PSV. O jovem iuguslavo é um dos principais artilheiros dos campeonatos europeus. Sua velocidade, técnica e chute forte são armas secretas de sua equipe. Os gols de Batman são comemorados na TV com o jingle Batman, da série de TV dos anos 60.

MORCEGÃO DE DUAS RODAS O melhor ciclista brasileiro da atualidade se chama Rodrigo Mello Brito. Mas é conhecido por Morcegão ou Batman, da equipe Extra/Suzano. Não raro, comemora suas vitórias usando uma capa do herói.

TRILHA DO BATMAN Essa subida íngreme de terra repleta de buracos e valas é o trecho mais difícil do circuito off-road e de jipeiros próximo a Belo Horizonte. O Bar do Plínio é o local para onde muitos vão depois de serem derrotados pelo Batman. Só os mais corajosos aceitam o desafio de subir essa trilha. Alguns preferem deixar seus carros no Bar do Puruca, no início da trilha, e subirem a pé acompanhando o desafio. Antes, na Curva de Pedra, famosa por deixar vários veículos agarrados, e na vala antes dos buracos do Batman, as dificuldades são menores. Mas é a partir desse ponto que as coisas se complicam. Alguns veículos precisam ser ajudados a vencer obstáculos, numa aventura que pode levar seis horas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Só o pó na capa do Batman...

O segredo do morcego

O Coringa no Funk