Dicionário do Morcego, 15 anos

Em junho de 2005, às vésperas do lançamento de Batman Begins, primeiro filme da trilogia do diretor Christopher Nolan, o jornalista mineiro Sílvio Ribas lançava o seu Dicionário do Morcego (Flama), um guia com 1,5 mil verbetes sobre o maior herói dos quadrinhos. Presente em todas mídias, as versões do Homem-Morcego estão no livro voltado a fãs e estudiosos da cultura pop, fruto de pesquisas do autor desde guri.

De vilões e aliados clássicos do Cavaleiro das Trevas – como Robin, Coringa e Mulher-Gato – a nomes de pessoas e lugares inspirados na lenda, as 276 páginas do glossário de única edição caíram no gosto dos aficionados e virou objeto para colecionadores até hoje, 15 anos depois do lançamento. A razão disso é que, mais do que catálogo de autores, obras e personagens, a obra vai além e contempla citações, paródias e alusões.  

Para mostrar que Batman era desde então o mais lucrativo, reproduzido e adaptado produto da indústria do entretenimento, que chega à produção acadêmica e ao uso difuso por empresas, eventos e movimentos políticos, o Dicionário lista dados do defensor de Gotham criado por Bob Kane e Bill Finger nos gibis, cinemas, cartoons, programas de rádio e tevê, publicidade, games, brinquedos, músicas e curiosidades.

Ao redigir a enciclopédia batmaníaca, Ribas se valeu de arquivos pessoais, livros nacionais e estrangeiros e conversas com batmaníacos. “Quis revelar a razão do fascínio de milhões por Batman, herói sem superpoderes, além de oferecer leitura divertida a especialistas e curiosos”, disse. Para ele, o personagem construído de coletivamente por milhares de criadores desperta a paixão de gerações por simbolizar a força de vontade.

 

 

SOBRE O AUTOR

 

O jornalista mineiro Sílvio Ribas, 50, gosta de ser chamado de “estudioso do fenômeno Batman”, tendo no Dicionário do Morcego (Flama, 2005) a sua principal obra nessa frente. Nos tempos de faculdade em Belo Horizonte, produziu vídeo-documentário sobre o Cavaleiro das Trevas (1991), militou em favor dos quadrinhos e dedicou-se com amigos de Minas, São Paulo e Paraná ao clube postal Correio Gotham. Desde os anos 90 é convidado de encontros acadêmicos, debates online, seminários literários, programas de tevê e exposições temáticas sobre gibis, cultura pop e Batman. Escreveu vários artigos sobre esses temas e foi fonte sobre eles em reportagens. Como jornalista de política e economia, trabalhou em vários jornais e assessorias de imprensa, atuando no país e exterior. Ganhou 11 prêmios na carreira de 30 anos. Foi coautor de outros livros sobre Batman e publicou livros de poesia, jornalismo e memórias. Morou em Florianópolis e São Paulo e está radicado em Brasília desde 2007.


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